05/01/19
Colniza, MT
Elizeu Queres de Jesus
Posseiro
Idade
38
Motivação do crime
Disputa por terra
Status da investigação
Parada com a polícia
Gostava de conversar do campo, sabia domar cavalo, sabia domar cachorro. Estava começando a fazer curso para trabalhar com energia elétrica
Como morreu
Na cidade que já foi considerada a mais violenta do país, conflitos por terra continuam interrompendo vidas – impunemente. Dois anos após a chacina de Colniza, na qual nove trabalhadores rurais foram executados com crueldade, foi a vez de Elizeu. Em um ataque promovido por seguranças armados da fazenda de um ex-deputado em janeiro de 2019, o camponês de 38 anos morreu na hora; outros nove sem-terra ficaram feridos. Quatro seguranças foram presos em flagrante, mas soltos em menos de 24 horas sob o argumento de “legítima defesa”. Passados três anos do primeiro ataque, ninguém foi julgado ou punido – e o caso de Elizeu segue a mesma sina.
O que dizem os investigadores
O delegado responsável pelo caso, Alexandre Nazareth, afirmou à imprensa na época do crime ter descartado a tese de legítima defesa dos seguranças da fazenda. Mesmo assim, o inquérito policial não foi concluído – e não houve indiciamento apresentado ao Ministério Público.
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