Ao saber que seus trabalhadores estariam falando demais, o fazendeiro teria mandado executá-los como forma de ‘queima de arquivo’

Como morreu

Raimundo trabalhava em uma fazenda na cidade de Baião, no Pará, em condições análogas à escravidão: não recebia salário, não tinha banheiro e precisavam tomar banho em um riacho. Raimundo e dois colegas, Marlete e Venilson, ameaçaram denunciar as condições indignas, mas o preço que pagaram por não aceitarem a exploração foi a morte. Os três foram assassinados, em uma noite de terror em que pistoleiros contratados por um fazendeiro mataram outras três pessoas, no que ficou conhecido como a Chacina de Baião.

O que dizem os investigadores

Três meses após a chacina, o Ministério Público Estadual do Pará apresentou a denúncia, em que sete pessoas foram acusadas: um fazendeiro, dois intermediários e quatro pistoleiros. Quatro deles estão presos, um está foragido e outros dois, que chegaram a ser indiciados, foram mortos durante uma operação policial.