"Quando voltei da (fazenda) Brasil Verde, achei minha mulher e meus filhos fraquinho, fraquinho. A vida aqui não mudou nada nesses quase vinte anos. A mudança é sempre a mesma coisa para quem é pobre. Tem dia que a gente tem, tem dia que não. Às vezes almoça, mas não janta. Sempre quis fazer uma casa, nunca consegui. Está tudo abandonado. Dois filhos são roceiros como eu. O outro gostava de viajar (em busca de trabalho). Faz uns três anos, ficou doente e parou de trabalhar. O médico disse que ele tem depressão. Às vezes, dou R$ 20, R$ 30 para ajudar, mas os remédios custam quase R$ 200.
Meu sonho? Ajudar meus filhos."