“Quando ele saía para o mundo, a gente passava tanto necessidade quanto preocupação. Ele podia sofrer no trabalho e chegar em casa só com boroquinha (bolsa), sem dinheiro, mas sempre deu um jeito de trabalhar. Teve uma vez que entrou em casa depois de muito tempo fora e eu fiquei tão feliz por ele estar vivo que só depois vi que estava todo inchado, mãos, pés, costas. Tudo de picada de bicho. Nem a rede ele trouxe de volta. Nunca ganhou nada no mundo (viajando a trabalho), mas nunca foi tão prejudicado como lá ( na fazenda Brasil Verde). Eles (os fazendeiros) sabem que aquela pessoa precisa trabalhar e se aproveitam. Não respeitam o ser humano."
Maria do Rosario de Sousa, 58 anos, trabalhadora rural e dona de casa